A
maioria dos seres vivos eucarióticos multicelulares se reproduz de forma sexuada, isto é, através da união de
gametas e consequente mistura da carga genética de dois indivíduos de sexo
diferente, que dá origem a um zigoto de genoma único.
Este fenômeno representa
uma vantagem para os indivíduos e suas populações. Visto que seus descendentes
são geneticamente diferentes entre si e de seus genitores, os novos indivíduos
herdam uma mistura de características única que poderá favorecer a adaptação das
populações em resposta às mudanças ambientais.
Porém, a reprodução sexuada dos organismos nem sempre é possível de ocorrer, pois esse fenômeno exige condições específicas do ambiente as quais seriam condições ideais de vida para as espécies. Portanto, alguns grupos preservaram a capacidade de se dispersar fora destas condições, para ocupar habitats de forma rápida: a replicação contínua do próprio material genético, o que chamamos reprodução assexuada.
Tendo
em vista as dificuldades de encontrar condições ideais estáveis nos locais de
distribuição, as briófitas também investem na reprodução assexuada. No caso
destes vegetais ela pode ocorrer por fragmentação,
ou, produção de gemas. Na
fragmentação, pequenos pedaços de tecido (p.ex.: dos filídios) formam um novo
gametófito, já as gemas são corpos multicelulares especializados produzidos
pela planta e liberadas no ambiente por ação mecânica de ventos, água, ou,
insetos para formar gametófitos.
A
reprodução vegetativa dá origem a clones, ou seja, indivíduos de material
genético idêntico ao daqueles que os originaram. O estágio inicial de
desenvolvimento dos clones de briófitas é chamado protonema. O protonema é um aglomerado de células pigmentadas que varia em forma de acordo com a espécie e dá origem a gametófitos.
Quando
em ambientes de condições favoráveis e estáveis, os gametófitos de briófitas
formam células reprodutivas no interior dos gametângios. Para esse grupo, a presença de água é imprescindível durante
este fenômeno, pois os gametas masculinos, anterozoides,
são células flageladas que devem nadar até os gametângios femininos e se
infiltrar nestas estruturas para fecundar uma oosfera, gameta feminino.
Após o
encontro bem-sucedido entre gametas (haploides), inicia-se o processo de
multiplicação celular do até então zigoto.
O resultado é um embrião (diploide) que
sofre divisão celular e forma um esporófito
(haploide). Quando maduros, ou seja, ao completar seu desenvolvimento, os
esporófitos abrigam células haploides, os esporos,
que pouco depois são liberados destes compartimentos. Ao encontrar as condições
adequadas para desenvolvimento os esporos germinam e constituem novos gametófitos jovens.
Aqui deixo o link para quem quiser assistir uma animação sobre reprodução sexuada de briófitas. A animação está em inglês, portanto, quem sente dificuldades com a língua pode selecionar a opção STEP-TROUGHT, em que a animação roda em passos com a narrativa em texto,abaixo da figura, que pode ser traduzido ao passo de cada um.
Animação: Ciclo de vida das Briófitas (ENG)
Além deste, o blog de briófitas de Ohio (EUA) apresenta aos leitores o ciclo desenhado em etapas, também em inglês, mas que vale a pena conferir pois é recheado de fotos com de estruturas reprodutivas de diferentes espécies.
Ciclo de vida desenhado.
Aqui deixo o link para quem quiser assistir uma animação sobre reprodução sexuada de briófitas. A animação está em inglês, portanto, quem sente dificuldades com a língua pode selecionar a opção STEP-TROUGHT, em que a animação roda em passos com a narrativa em texto,abaixo da figura, que pode ser traduzido ao passo de cada um.
Animação: Ciclo de vida das Briófitas (ENG)
Além deste, o blog de briófitas de Ohio (EUA) apresenta aos leitores o ciclo desenhado em etapas, também em inglês, mas que vale a pena conferir pois é recheado de fotos com de estruturas reprodutivas de diferentes espécies.
Ciclo de vida desenhado.
Sarah Ferreira
Referências
BASTOS, C. J. P. Padrões de reprodução vegetativa em
espécies de Lejeuneaceae (Marchantiophyta) e seu significado taxonômico e
ecológico. Rev. bras.
Bot. 2008. Vol.31 nº2 São Paulo. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-84042008000200013&script=sci_arttext.
SILVA, A. S. M. et al. Morfogênese protonemática de briófitas ocorrentes em remanescentes de floresta atlântica do estado de Pernambuco, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica (São Paulo). v.18 . p.216-227. 2006.
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