As briófitas são um grupo de plantas
de tamanho muito pequeno (medidas em milímetros) que em geral possuem dois
tipos de morfologia: Em forma de talo (taloide), ou, em forma de “folhas” e
“caules” (folhosa) *Atenção, aqui ‘folhas’ e ‘caules’ são termos
ilustrativos que empregamos por descreverem bem a aparência das briófitas,
porém, as briófitas não possuem o sistema vascular que compõe as estruturas das
plantas superiores, e, suas pequenas partes são compostas por um número muito
menor de células, portanto, essas estruturas se assemelham, mas não são
idênticas.
A ausência de vasos condutores é o
fator determinante do porte dos representantes deste grupo. É graças ao tamanho
reduzido que a água percorre curtas distâncias para irrigar todas as partes
destas plantas. Por isso, os mecanismos utilizados pelo grupo para o transporte
de água ocorrerem pelos espaços intra (interior da célula) e intercelular
(entre células) de seus tecidos.
Figura 1. Briófita talosa (esq.) Aneura
pinguis e briófita folhosa (dir) Homalothecium lutescens. Fonte:http://elmusgo.blogspot.com
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Os talos são achatados, finos, e
arredondados, enquanto, “folhas” e “caules” são prolongados verticalmente e
possuem base fixa às superfícies onde vivem estes organismos. Mas, para cada
uma destas morfologias existe ainda uma variedade de formas que compõe a identidade
de cada organismo.
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Figura 2. Exemplares de formas
diversificadas de briófitas. A: talo verde parcialmente preso ao substrato;
B: cor verde e rocha de talo sobre rocha, prolongamento das talosas em
crescimento periférico; C: forma folhosa com filídeos finos; D: forma filídeos
transparentes Fonte:http://elmusgo.blogspot.com/
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A maior parte das estruturas talosas
e folhosas que observamos, são partes não reprodutivas destes organismos,
denominadas gametófito. Já as estruturas que observamos como poros sobre
os talos, ou, alfinetes em meio às pequenas folhagens são partes reprodutivas,
denominadas esporófito.
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Figura 3. Gametófito isolado de Tortella humilis (esq.) e colônia (dir.). À direita agrupamento de gametófitos e partes basais de esporófitos inseridas sobre as mesmas. (r)rizoide (f) filídio (s) seta (p)pé. |
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Figura 4. Parte superior de esporófitos de Tortella humilis com detalhe para os espóros dentro da cápsula. (s)seta (c)cápsula (e)espóros. |
Aderidos ao gametófito estão
estruturas de extrema importância para a vida das briófitas: os rizoides.
Os rizóides são estruturas de fixação dos gametófitos aos substratos: troncos,
galhos, folhas, rochas e solo. Essas estruturas participam da absorção de
nutrientes minerais e água, porém, a maior parte é absorvida e transportada
diretamente pelas células do gametófito.
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Figura 5. Gametófito de musgo não identificado sob lupa. (r) rizóide (c) caulídio (f) filídio.
Foto:Michelle Rezende.
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Notas:
1. Identidade:
As características morfológicas dão nomes às plantas (determinam espécies) e
permitem classificá-las dentro do grupo representante Briófitas e na
escala evolutiva.
Referências.
DIAZ C. C.; PÉREZ, F. G. Proyecto Musgo. 2013. Disponível em:
http://elmusgo.blogspot.com/
RAVEN H.
P. et al. 2001. Biologia Vegetal, 6ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2001.
SALATINO, A. Briófitas. In: RAVEN, H.P.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E.
Biologia Vegetal. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. p.389-396.
SILVA, A. S. M. et al. Morfogênese protonemática de briófitas ocorrentes
em remanescentes de floresta atlântica do estado de Pernambuco, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica
(São Paulo). v.18 . p.216-227. 2006.