quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Apresentação


Olá! Sejam bem-vindos ao blog.

Nós, Carol, Michelle e Sarah somos estudantes de Biologia da UFSCar- Sorocaba e decidimos criar esse espaço para ajudar os estudantes com dúvidas sobre o tema Briófitas.
Esta ideia nasceu através de uma disciplina que propõem aos universitários desenvolver um material didático para o Ensino de Botânica.
Aqui, pretendemos disponibilizar informações básicas, fotos, e curiosidades para ajudá-los a compreender o que são (natureza), como e onde vivem (habitat), do que/como se alimentam (nutrição) e se reproduzem (ciclo de vida) estes organismos.
Contamos com a colaboração de vocês para que este site ganhe vida, portanto, deixe seu comentário com as sugestões que possam nos ajudar a construir um espaço melhor para os leitores.

Esperamos que gostem, bons estudos!

domingo, 8 de novembro de 2015

Quem são?



As briófitas, são divididas em três filos: Marchantiophyta (hepáticas), Anthocerotophyta (antóceros) e Bryophyta (musgos). As briófitas são criptógamas (sem flores), avasculares (sistema de condução ausente) e poiquilohídricas (não tem estrutura especializada na regulação e controle sobre a perda de água).


Figura 1: Cladograma que esquematiza a evolução das plantas, as briófitas se encontram mais basais no cladograma devido ao seu pioneirismo.

As Hepáticas: Podem ser talosas ou folhosas, e habitam ecossistemas terrestres, como solo, rochas, troncos de arvores ou ramos úmidos e sombreados. Esse grupo possui cerca de 5.200 espécies de plantas.
As folhosas, constituem num grupo bem diverso, incluindo mais de 4.000 espécies das 5.200. O gametófito pode ser encontrado de quatro formas diferentes, prostrado, ascendente, ereto ou pendente e os filídios são dispostos em duas fileiras de tamanho igual, e uma terceira fileira de filídios menores ao longo da superfície inferior do gametófito, alem disso os filídios podem ser muito lotado ou partidos. 
Já nas talosas o gametófito é aplanado, se assemelhando a uma fita, e não possuem filídios. 


Os Musgos: Esse é o grupo mais numeroso, contendo em torno de 12.800 espécies.  Dentro do filo das bryophytas existem 3 classes com características bem distintas; Sphagnidae, Andreaeidae e Bryidae. A classe Bryidae contém a maioria das espécies dos musgos, e comumente é chamada de "musgos verdadeiros".
As Bryophytas se difere dos outros dois filos por características do gametófito, que é composto por caulídio com filídios inteiros, dispostos espiraladamente. O esporófito dos musgos é composto por um pé, seta pigmentada e firme que eleva uma capsula (com opérculo e peristômio, que regulam a dispersão dos esporos), e caliptra que envolve apenas a extremidade do esporófito. 


Os Antóceros: Com mais de 300 espécies constitui no grupo com menos diversidade de briófitas. Esse grupo de plantas terrestres já foi no passado tratado como um grupo pertencente as hepáticas, devido a algumas semelhanças superficiais com as hepáticas talosas. Os gametófitos também são talosos e aplanados, porem o esporófito é composto apenas de um pé ancorado no tecido do gametófito, e uma capsula. Alem disso estudos recentes mostram que os antóceros compartilham de um ancestral mais recente, com plantas vasculares. Nesse filo, os cloroplasto possuem uma região diferenciada denominada pirenoide, que sintetizam amido assim como nas algas.

Figura 2: desenho esquemático de um antócero 






Carolina Costa


Referencias:

RAVEN H. P. et al. 2001. Biologia Vegetal, 8ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2014

VANDERPOORTEN A.; GOFFINET B. Introduction to Bryophytes. Cambridge University Press. 2009.








quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O que são briófitas?




As briófitas são um grupo de plantas de tamanho muito pequeno (medidas em milímetros) que em geral possuem dois tipos de morfologia: Em forma de talo (taloide), ou, em forma de “folhas” e “caules” (folhosa) *Atenção, aqui ‘folhas’ e ‘caules’ são termos ilustrativos que empregamos por descreverem bem a aparência das briófitas, porém, as briófitas não possuem o sistema vascular que compõe as estruturas das plantas superiores, e, suas pequenas partes são compostas por um número muito menor de células, portanto, essas estruturas se assemelham, mas não são idênticas.

A ausência de vasos condutores é o fator determinante do porte dos representantes deste grupo. É graças ao tamanho reduzido que a água percorre curtas distâncias para irrigar todas as partes destas plantas. Por isso, os mecanismos utilizados pelo grupo para o transporte de água ocorrerem pelos espaços intra (interior da célula) e intercelular (entre células) de seus tecidos.




Figura 1. Briófita talosa (esq.) Aneura pinguis e briófita folhosa (dir) Homalothecium lutescens. Fonte:http://elmusgo.blogspot.com

Os talos são achatados, finos, e arredondados, enquanto, “folhas” e “caules” são prolongados verticalmente e possuem base fixa às superfícies onde vivem estes organismos. Mas, para cada uma destas morfologias existe ainda uma variedade de formas que compõe a identidade de cada organismo.



Figura 2. Exemplares de formas diversificadas de briófitas. A: talo verde parcialmente preso ao substrato; B: cor verde e rocha de talo sobre rocha, prolongamento das talosas em crescimento periférico; C: forma folhosa com filídeos finos; D: forma filídeos transparentes Fonte:http://elmusgo.blogspot.com/


            A maior parte das estruturas talosas e folhosas que observamos, são partes não reprodutivas destes organismos, denominadas gametófito. Já as estruturas que observamos como poros sobre os talos, ou, alfinetes em meio às pequenas folhagens são partes reprodutivas, denominadas esporófito.

Figura 3. Gametófito isolado de Tortella humilis (esq.) e colônia (dir.). À direita agrupamento de gametófitos e partes basais de esporófitos inseridas sobre as mesmas. (r)rizoide (f) filídio (s) seta (p)pé.

Figura 4. Parte superior de esporófitos de Tortella humilis com detalhe para os espóros dentro da cápsula. (s)seta (c)cápsula (e)espóros.


            Aderidos ao gametófito estão estruturas de extrema importância para a vida das briófitas: os rizoides. Os rizóides são estruturas de fixação dos gametófitos aos substratos: troncos, galhos, folhas, rochas e solo. Essas estruturas participam da absorção de nutrientes minerais e água, porém, a maior parte é absorvida e transportada diretamente pelas células do gametófito.
Figura 5. Gametófito de musgo não identificado sob lupa. (r) rizóide (c) caulídio (f) filídio.
Foto:Michelle Rezende.




                                                                                                                           Sarah Ferreira



Notas:

1. Identidade: As características morfológicas dão nomes às plantas (determinam espécies) e permitem classificá-las dentro do grupo representante Briófitas e na escala evolutiva.



Referências.

DIAZ C. C.; PÉREZ, F. G. Proyecto Musgo. 2013. Disponível em: http://elmusgo.blogspot.com/



RAVEN H. P. et al. 2001. Biologia Vegetal, 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. 



SALATINO, A. Briófitas. In: RAVEN, H.P.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia Vegetal. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. p.389-396.  


SILVA, A. S. M. et al. Morfogênese protonemática de briófitas ocorrentes em remanescentes de floresta atlântica do estado de Pernambuco, Brasil. Boletim do Instituto de Botânica (São Paulo). v.18 . p.216-227. 2006.